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 IGOR DAMPLER LUMP

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Louis Juson
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Ficha
Arquétipo: Bardo
Personalidade: Idealista
Nível da Reputação:
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MensagemAssunto: IGOR DAMPLER LUMP   IGOR DAMPLER LUMP EmptySex Fev 01, 2019 5:58 pm

Cidade de Verros em Ossalur

(Tratando dos primeiros motivos de minha vocação/Ano 495 da Era do Esquecimento)

Igor Dampler Lump/ Nascido no Ano 479 da Era Atual;

Ao completar meus dezesseis anos de idade (Ano 495) confrontei pela segunda vez a solidão e sofrimento de perder um ente querido. A morte de meu Mestre o Mago Xenófilo Cavendish marcou minha vida profundamente ao ponto de pensar em desistir de seguir a sua linhagem, pois me sentia culpado pelo ocorrido que culminou em sua morte. Estava tão convencido que podia controlar tudo em minha volta, devido a minha notável capacidade de percepção, que ignorei a possibilidade de um dia alguém querer matar meu Mestre. E desta forma naquele dia quando cumpria a tarefa dada pelo Mestre, fazia compras de novos insumos, senti a dor de seu coração quando parou de bater. Sai correndo e quando cheguei próximo da casa do Mestre, que carinhosamente ele chamava de “Choupana Garbosa” me deparei com escombros em meio ao fogo que consumia ferozmente as vigas de cedro. Foram dias difíceis... Meu Mestre foi assassinado isto eu pude constatar pelos indícios encontrados. Pegadas no lado externo próximo a janela, marcas de sangue no chão que denunciavam que meu Mestre sofrera agressão física. Depois de cuidar dos rituais mortuários detive minha atenção nos escombros e o que mais eles poderiam me revelar. Acabei encontrando alguns pertences do Mestre entre eles sua valise especial que magicamente acomodava vários itens em segurança.

Estudei a linguagem comum e élfica com o Mestre Mago Xenófilo Cavendish na Cidade de Verros durante seis anos até sua morte. O Mago Xenófilo Cavendish era especialista em linguagem e colecionador de livros antigos. O que me valeu o legado de seguir suas pesquisas e conhecimentos. Não foi difícil aprender e praticar os primeiros passos da Magia Arcana. Eu tinha quatorze anos quando evoquei meu primeiro “Mísseis Mágicos” e no mesmo dia consegui erguer minha “Armadura Arcana”. Meu Mestre ficou entusiasmado pela potência de minha mana armazenada. Logo eu dominava o segundo nível de magias e eu tinha apenas dezesseis anos. Minha habilidade com Magia Arcana me deu a oportunidade de conhecer muitos livros e também muitas histórias. Quando faleceu meu Pai Fausto Dampler Lump durante uma viajem por terras distantes o Mestre Xenófilo Cavendish ficou ao meu lado e através dele consegui manter o patrimônio de meu pai. O governo de Verros não estava reconhecendo minha filiação, eles queriam ficar com a propriedade, um casarão no centro da Cidade de Verros. Contudo, no final eles aceitaram um acordo e compraram o casarão, assim acabei com uma boa herança. Eu na verdade teria perdido tudo não fosse meu Mestre. Com o ouro ajudei meu Mestre em uma viajem até Porto dos Corvos onde compramos muitos livros e algumas relíquias antigas.

Sobre meus pais sei apenas que eles eram naturais de Verros e que minha mãe Valcídia faleceu quando eu nasci. Assim fui criado pelo meu Pai e uma criada de nome Portira Valente que foi minha ama de leite. Depois já com seis anos de idade (Ano 485) meu Pai ensinou leitura e escrita comum, um pouco de matemática e história. Meu Pai sempre dizia que tudo que fosse fazer dependia da respiração consciente, pois somos movimento por essência e o ar produz este fenômeno em nosso corpo. O conhecimento faz isto com nossa mente.

No dia que completei dez anos (Ano 489) meu Pai me segurou a mão direita e me conduziu pelas ruas de Verros até uma casa de telhado baixo envolto de arbustos e que de longe pude ver que brilhava com uma aura estranha. E quando entramos na casa ela falou comigo... “- Seja bem vindo meu jovem! Eu estava a tua espera!”

O velho Mago Xenófilo Cavendish então apareceu pela porta interna cumprimentando meu Pai com muita alegria estampada em seu rosto enrugado, onde pude olhar pela primeira vez um par de olhos azuis brilhantes e de uma energia incomum. Talvez meu dom arcano tenha despertado ali. E deste dia em diante passei a morar com o velho Mago que me exigia chamá-lo de Mestre. A cada dia um novo universo de pensamentos se criava em minha mente. Ele exigia minha atenção e nossa conversa girava em torno da firmeza das respostas e da clareza das idéias, claro que todo o conteúdo vinha das leituras e também de sua prosa sempre muito ponderada e concisa. A leitura e a escrita estavam sempre presente, pois o Mestre dizia que o fundamento da Magia Arcana está presente na conjuração das palavras de poder certas e claras. E sem duvidas pude comprovar isto por varias vezes quando pronunciei incorretamente as palavras de poder.

O Mestre Xenófilo Cavendish descendia da linhagem de Magos oriundos de Marrakhis e que se fixaram em Ossalur na Era da Cruzada de Glorianno liderados pelo Mago Eustáquio Trombnness que para proteger os poucos magos de Ossalur naquela época funda a “Irmandade Lasca do Carpo de Fogo”. Estes Magos mantinham esforços para proteger e manter a linhagem escondida dos fanáticos religiosos que não aceitavam o uso de magia arcana. Contudo, meu Mestre Xenófilo Cavendish era o último que mantinha a linhagem que agora estava em minhas mãos, assim também o destino desta Irmandade tão antiga.

Entre os venerados magos do passado está um membro da Família Real Mergara. Um admirável historiador chamado de Berry Mergara. Vários livros dele elucidavam fatos e acontecimentos através dos seus achados arqueológicos. Seus livros traziam desenhos e detalhes sobre seus achados que sempre trazia sua especulação com dialética apurada. O que pode ter trazido muitos percalços a ele, pois meu Mestre disse que Barry Mergara viveu em uma época muito difícil para nós magos. Ele viveu na Era do Silêncio dos Deuses, coisa de mil anos atrás e um grupo de Paladinos de Glorianno estava atuando na Cidade de Verros de forma implacável naquela época. Muitos praticantes de magia arcana foram presos, torturados e condenados a morte. Barry Mergara por ser da Família Mergara, atuava disfarçado como um especialista em história e provavelmente protegido pela própria Família que sempre foi muito influente na Cidade de Verros. E segundo consta, nunca teria usado seus poderes de magia arcana o que talvez tenha lhe valido a vida.

Um dos livros do Mago Barry Mergara me chamou a atenção de forma única. Uma ilha poderia ser a chave para muitos mistérios sobre a nossa história e sobre a influência que os elfos tiveram em nossa sobrevivência como humanos neste mundo extremamente hostil. Cada dia despertava-me a curiosidade sobre este fascinante lugar que poderia ter sido um dos primeiros lugares onde elfos perceberam o degelo da Era Glacial. Assim eu passaria meus dias seguintes nesta busca por mais informações e longas meditações sobre o livro do Mago Barry Mergara.

Eu de fato nunca tinha convivido com um elfo. Já havia visto alguns andando pelas ruas de Verros, contudo, apesar de saber falar e escrever a linguagem deles eu nunca havia conversado com um. Isto de certa forma me despertava curiosidade, ficava imaginando como seria um dialogo com um elfo na língua deles. Mas naquele dia quando andava pela feira pesquisando o melhor preço do salitre puro, do enxofre e do óleo de cachalote, me deparei com um par de elfos suspeitos. Eles me seguiram por algum tempo, mas depois de perceberem que minha atenção estava neles, eles sumiram. Meia hora depois senti o coração de meu Mestre parar e corri na direção da “Choupana Garbosa”...

As pegadas deixadas em frente da janela indicavam pés estreitos e pequenos como os pés de um elfo. A quantia de pegadas e suas posições no chão determinavam mais de um elfo. Não tive dúvidas sobre eles serem os suspeitos que me seguiram. Lembrei que a valise do Mestre possui um comando mágico especial que somente ele conhecia, além de tudo, a valise sempre ficava invisível dentro do armário oculto na parede e talvez o conteúdo que eles procurassem estivesse dentro da valise.

Meu pensamento estava todo focado em investigar a morte de meu estimado Mestre Xenófilo Cavendish e por fim vingá-lo. E não demorou eu encontrar os suspeitos rondando a Hospedaria onde eu estava em Verros. Usei minha capacidade de simulação, fazendo-me de bêbado, os encurralei em um beco, eles só perceberam quando eu evoquei “Mãos Flamejantes” em minhas mãos e deixei-os sem saída e rodeados de fogo. Eles falaram em élfico, contudo ignoravam que eu também conhecia a linguagem e antes que um deles pudesse usar sua magia eu o incinerei. O outro ergueu as mãos e pediu arrego. Perguntei sobre o ocorrido ele negou saber. Então fechei minha mão apagando as chamas que delas emanavam e usei meus poderes de persuasão que não surtiram efeitos. O elfo estava ajoelhado tentando reanimar seu comparsa já falecido pelas chamas mortais que deferi nele, quando então notei as características daqueles elfos. Eles eram Amidas e isto indicava que eles estavam longe de casa. Perguntei o que eles queriam com meu Mestre. Ele então se ergueu e evocou uma “Flecha Ácida de Melf” que veio em alta velocidade sobre meu corpo. Apesar da dor que já havia experimentado quando uma vez conjurei palavras de poder de forma equivocada para evocar esta magia. Pude conjurar em contra partida, uma “Teia” que o prendeu junto a parede por onde ele tentava escapar, depois de beber uma dose de “Poção de Cura” para aliviar a dor que sentia devido a magia “Flecha Ácida de Melf”que me acertou, comecei a interrogá-lo usando o velho método de queimar as orelhas e os cabelos. Para um elfo isto pode ser a extrema dor, talvez a tortura mais cruel que um elfo pode agüentar, pelo menos era o que sempre dissera meu Mestre. E de fato era o ponto fraco dele, pelo menos deste elfo. Ele era forte e resistiu durante um tempo as minhas primeiras ações, mas então ele acabou cedendo e abriu a boca. Começou a falar da volta do Imperador dos Dragões. Perguntei sobre o que se tratava, ele falou que a vingança não tardará e que todas as relíquias de Marrakhis retornarão ao dono por direito. Perguntei quem seria este dono? Ele me respondeu que era o Imperador Dragão. Disse a ele que não sabia de nenhuma relíquia oriunda de Handyl. Ele riu e depois na linguagem élfica me respondeu sarcasticamente que minha vida estava por um fio e que não importava se eu tinha ou não alguma relíquia, apenas que eu era um seguidor daqueles que roubaram as relíquias e isto por si só já bastava. Notei que na casa próxima dali alguém acendera uma tocha, então segui meus instintos e usando minha adaga degolei o elfo infeliz, revistei-o rapidamente e deste espólio levei apenas uma pederneira, cinco moedas, uma espada curta, um cantil e um pote de veneno. Meu Mestre estava vingado assim pensei.

Já nos aposentos na Hospedaria troquei de roupas depois de um banho e refleti sobre o acontecido. Observando os ensinamentos do meu Mestre Xenófilo Cavendish que orientava a melhor forma de investigar enigmas é andar... Se movimentar na direção de outros enigmas. Eram muitas palavras matraqueando dentro de minha mente. No peito uma sensação de perda e um conflito que demarcava meu desanimo. Será que tudo isto valeria a pena continuar. Eu havia tirado a vida de dois elfos que no primeiro momento só estavam me seguindo e fiz isto por vingança. E sobre eles nada sei. Nem a razão de terem matado meu Mestre ficou elucidado devidamente...

Naquela noite tive um sonho bastante revelador... “Estava em um bote e alguém que considerei ser meu Mestre, remava e me falava sobre o frio que estava o lugar. Dizia que chovia muito e que eu deveria levar os meus pertences para um lugar bem protegido e longe dos ladrões que vinham da floresta. Então ele se virou e seu rosto era de um morto vivo, mas guardei sua fala. - Deverá viajar muito, isto será bom para seu aprendizado!”

Quando acordei no outro dia estava decidido. Seguiria em frente! Uma energia plena havia invadido minha mente eu não tinha mais dúvidas sobre o que fazer e não mais nenhum remorso ou desanimo. Iria viajar para o Reino das Sete Cidades.
Lembrei que na correria ainda não havia aberto a valise mágica do Mestre. Usei várias palavras de poder, porém ela não se abriu. Já havia passado mais de três horas naquela lida e nada de obter sucesso. Resolvi deixar de lado e para refrescar minha cabeça, derramei um pouco de água em meu pescoço. E neste mesmo instante, lembrei de uma fala muito comum do Mestre Xenófilo Cavendish... “Para anular o efeito do fogo um copo de água às vezes basta!”

E sim! Ao dizer isto em voz alta a valise se abriu finalmente. Dentro dela encontrei uma ampulheta, uma luneta, um frasco escrito “Revelar o Oculto”, um Pergaminho “Bola de Fogo” na qual ainda não havia aprendido como usar. Alguns livros de estudo, seis pergaminhos de magia “Dardos de Fogo” e uma carta de meu Pai endereçada para o Mestre Xenófilo Cavendish. Notei que no fundo da valise havia uma saliência lisa que parecia ser um tecido de seda, contudo não dava para ver nada dentro da valise. Apalpei com mais cuidado e pude sentir que havia mais um objeto dentro da valise e que estava em volto de um tecido de seda mágica que o tornava invisível. Desenrolei o conteúdo e pude então ver uma vara de magia, era de cor do âmbar, tinha brilho fraco que emanava da vara. A varinha tinha o tamanho de trinta centímetros e possuía inscrições em torno de uma linguagem desconhecida. Quando a segurei firme imitando o seu uso, senti que ela esquentou minha mão e que pulsava de energia. Uma vara mágica na qual meu Mestre nunca me falou. Seria esta a relíquia que os dois elfos buscavam? Mas porque meu Mestre nunca falara desta relíquia? Por que tanto segredo? Guardei tudo conforme encontrei. A carta me deteve atenção. Por que meu Pai teria escrito uma carta para o Mestre Xenófilo Cavendish?

Leitura da carta que Fausto Dampler Lump escreveu para o Mago Xenófilo Cavendish...

Ano 489 da Era do Esquecimento;

Meu caro amigo Xenófilo.

Não cabem mais preocupações em meu peito sobre a segurança de Igor. Ele em alguns dias estará completando dez anos. Sei que ainda é muito cedo, contudo, notícias vindas de Marrakhis dão conta que logo eles descobriram meu paradeiro e possivelmente o seu e do menino. Não podemos deixar o menino sem proteção, mesmo que ainda seja necessário não revelar nada a ele. Desta forma estou decidido em viajar para Marrakhis e ganhar algum tempo deixando rastros falsos para serem seguidos enquanto você ajuda Igor desenvolver a magia que lhe vem de origem. Ele não precisa saber sobre meu destino, diga que morri em uma de minhas viajes e que o corpo foi consumido. Ensine a ele sobre os grandes poderes da Magia Arcana a qual hoje estou impedido de usar. Lamento muito deixá-lo nesta situação meu querido “irmão de causa”! Mas acredito que desta forma tudo poderá terminar bem. Sobre a relíquia nada diga, apenas deixe a relíquia encontrá-lo. Assim foi dito sobre a profecia ditada pelos últimos portadores. E que a sorte esteja ao nosso lado, pois os dados começaram a rolar sobre a mesa de Gehannor.

Outro assunto é sobre a minha mansão no centro de Verros. Sabe bem do interesse dos Mergara sobre aquele prédio estar no centro da cidade e não lhes pertencer. Por isso estou deixando contigo o título de posse da propriedade em teu nome para que Igor possa ser beneficiado. E não esqueça que agora você é o último mago da “Irmandade Lasca do Carpo de Fogo”. Igor será teu aprendiz e ele depois de ti deverá ensinar outro e assim conforme nossa tradição sempre haverá apenas um Mestre e um aprendiz da “Lasca do Carpo de Fogo”. E sempre a relíquia escolherá o seu dono. Nunca esqueça isso meu estimado aprendiz e amigo Xenófilo.

Assim me despeço lhe dando consciência que em alguns dias estarei deixando o menino contigo.

Fausto Dampler Lump.

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